26 de Julho – O Sincretismo entre Nanã e Sant’Ana na Umbanda

26 de julho: Celebre a orixá Nanã e Sant’Ana, a avó de Jesus, e conheça o significado desse sincretismo nos rituais da Umbanda.

26 de Julho é dia de festa na Umbanda

A Umbanda, religião afro-brasileira que mescla elementos de diversas tradições, é conhecida por seu sincretismo religioso.

Entre as diversas figuras sincretizadas na Umbanda, um destaque é o sincretismo entre a orixá Nanã e Sant’Ana, a avó de Jesus.

Ambas são homenageadas em 26 de julho, data que celebra as qualidades maternais e a sabedoria ancestral de ambas as figuras. Este post explora detalhadamente as personagens de Nanã e Sant’Ana, bem como a razão do sincretismo entre elas.

Nanã: A Ancestralidade e a Sabedoria

Nanã é uma das orixás mais antigas e respeitadas do panteão afro-brasileiro. Originária do Daomé, hoje Benin, ela é a senhora das águas paradas, dos pântanos e dos manguezais. Associada à terra úmida e ao barro, Nanã representa a ancestralidade, a sabedoria e a justiça. Sua cor predominante é o roxo e seu dia da semana é o domingo.

Nanã é vista como a mãe de todos os orixás, incluindo Omulú e Oxumaré, e é associada ao ciclo da vida e da morte, sendo responsável pela passagem das almas. Sua força está na sabedoria acumulada ao longo do tempo e na justiça implacável que aplica, refletindo a serenidade e a rigidez de quem conhece profundamente os mistérios da vida.

Sant’Ana: A Avó de Jesus e a Sabedoria Cristã

Sant’Ana, por sua vez, é uma figura central no cristianismo. Mãe de Maria e avó de Jesus, Sant’Ana é reverenciada como a padroeira das avós, das mulheres grávidas e dos mineradores. Sua imagem é frequentemente representada ensinando a Virgem Maria a ler, simbolizando a transmissão do conhecimento e da fé.

No dia 26 de julho, a Igreja Católica celebra a Festa de Sant’Ana e São Joaquim, os pais de Maria. Sant’Ana é venerada por sua sabedoria, paciência e devoção familiar, características que ressoam profundamente com os atributos de Nanã na Umbanda.

A Razão do Sincretismo entre Nanã e Sant’Ana

26 de julho - Sincretismo entre Nanã e Santana

O sincretismo entre Nanã e Sant’Ana na Umbanda tem raízes históricas e culturais profundas. Durante a colonização do Brasil, os escravizados africanos trouxeram suas tradições religiosas, que precisaram ser adaptadas para sobreviver à repressão religiosa imposta pelos colonizadores. A similaridade entre os atributos de Nanã e Sant’Ana facilitou essa adaptação, permitindo que os praticantes de religiões africanas continuassem a cultuar suas divindades sob a fachada dos santos católicos.

Ambas as figuras simbolizam a sabedoria acumulada ao longo do tempo, a ancestralidade e a justiça. Nanã, com sua conexão com as águas paradas e o barro, remete à origem da vida e ao ciclo da morte, enquanto Sant’Ana, com seu papel de educadora e avó, representa a transmissão de conhecimento e valores. Essa convergência de atributos fez com que Nanã e Sant’Ana fossem sincretizadas, sendo ambas homenageadas no mesmo dia.

A Celebração em 26 de Julho

No dia 26 de julho, terreiros de Umbanda em todo o Brasil realizam cerimônias e oferendas em homenagem a Nanã e Sant’Ana. Essas celebrações incluem cânticos, danças, oferendas de alimentos e flores roxas, representando a energia e a presença de Nanã. Para Sant’Ana, as orações católicas e as missas especiais são comuns, reforçando a interseção entre as duas tradições.

Essa data é uma oportunidade para os praticantes refletirem sobre a importância da sabedoria ancestral, da justiça e da transmissão de conhecimento de geração em geração. É um momento de conexão com a espiritualidade e de respeito às tradições que moldaram a identidade cultural e religiosa do Brasil.

Sincretismo Religioso entre Nanã e Sant’Ana

O sincretismo entre Nanã e Sant’Ana é um exemplo claro de como a Umbanda integra diferentes tradições religiosas para criar uma espiritualidade rica e inclusiva. Ambas as figuras são homenageadas em 26 de julho, refletindo a sabedoria, a justiça e a ancestralidade que elas representam. A celebração desta data nos convida a honrar nossas raízes e a valorizar o conhecimento transmitido pelos nossos ancestrais.

Aproveite essa data para se conectar com a sabedoria ancestral e espiritual que essas figuras sagradas representam.

Você conhece os orixás que compõem a sua espiritualidade?

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Nanã Burukú é o orixá dos mangues, do pântano, senhora da morte responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne) das almas.

Poderosa simpatia de Nanã contra alcoolismo e drogas. – Nessa simpatia contra vício em álcool e drogas, faremos um pedido sincero a orixá que promove a cura das mazelas para que, assim, ajude tratar o problema.

Itan (lenda) conta sobre a origem do homem na Terra. – Confira um lindo Itan (lenda) que conta sobre a origem do homem na Terra, visto que ele foi criado a partir do barro dos pântanos e mangues.

O culto à Orixá Nanã. – O culto a esta Orixá está ligado à vida e à morte e, além disso, à saúde, maternidade, família, sabedoria. A mais velha divindade do panteão, Ela está associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares, pois foi da lama destes lugares que deu origem à vida humana.

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