20 de Janeiro é “Dia de Oxóssi”, um dos orixás mais populares no Brasil, padroeiro da linha dos Caboclos, sincretizado com São Sebastião.
Dentre os escravos, poucos dos que cultuavam Oxóssi sobreviveram ao tráfico negreiro e ao cativeiro, mas o culto ao orixá foi preservado no Brasil e em Cuba. Na Umbanda, religião brasileira, é o patrono da linha dos Caboclos.
Oxóssi é o rei das matas e seu culto sofreu muitas variações. O símbolo do arco-e-flecha o associa ao santo católico São Sebastião, que escapou da morte a flechadas.
Este orixá veste ora verde, ora o azul claro, representa também o princípio primordial da escalada espiritual do homem: o trabalho; o treinamento e luta diários do caçador pelo seu sustento.
O sincretismo com São Sebastião
São Sebastião era um soldado que queria resgatar a fé dos corações cristãos enfraquecidos diante das torturas nas mãos do Império Romano, apesar de estar a serviço desta mesma Guarda Imperial e muito próximo dos imperadores.
Mas foi exatamente sua compaixão e sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos o que o levou a julgamento e condenação como traidor. Foi executado a flechadas, mas não morreu. Foi encontrado e socorrido pela Santa Irene, mas ao apresentar-se novamente diante do Imperador Diocleciano a condenação foi espancamento. Seu corpo foi jogado no esgoto romano, mas Santa Luciana o resgatou, limpou e sepultou.
São Sebastião foi personagem principal de muitas obras de arte da Baixa Idade Média e o maior foco nas pinturas era sua primeira execução. O símbolo da flecha, ou do arco-e-flecha, é também símbolo do orixá Oxóssi, rei das matas e caçador.