O “Dia das Bruxas” vem de uma comemoração do povo Celta, realizada no final do verão no hemisfério Norte, entre os dias 31 de Outubro e 02 de Novembro.
É véspera do “Dia de Todos os Santos” e, sabe-se, onde os fortes se reúnem, o mal ataca com mais força! Digo isso porque o “Dia das Bruxas” se originou da crença dos Celtas, um povo pagão, que os portais entre o mundo dos mortos e dos vivos se abriria totalmente no dia 31 de Outubro, e os espíritos que não tinham encontrado a luz se apossariam dos corpos dos vivos ou para orientá-los sobre a vida de alegrias infinitas após a morte terrena.
Em inglês também existe a denominação All Hollow’s Eve que significa, mais ou menos, “véspera de todas as assombrações” e tem a ver com o sagrado pôr-do-sol desta data, a Hallowed Evening (fim-de-tarde sagrado), que deu origem ao termo Halloween.
A festa foi condenada pela inquisição da Europa Medieval. Um dos “amuletos” usados para afastar os mortos era a caveira na porta de casa, indicando que, ali, não haveria alguém vivo para ser apossado. Esta e outras imagens assustadoras eram comuns e lendas como a de “Jack”, o homem que conduzia os mortos de volta ao cemitério com sua lanterna, feita num nabo recortado com uma vela dentro, deram origens a novos símbolos conhecidos, como a abóbora do “Dia das Bruxas”, chamada Jack O’Lantern (Jack da Lanterna). Também a depressão econômica europeia levou a várias revoltas violentas com participações de crianças de onde depois surgiu a tradição de pedir doces nas portas das casas, em troca de não fazerem travessuras.
A verdadeira história do Halloween
Chegando ao Brasil
Um sincretismo curioso aconteceu quando a Igreja Católica, na incapacidade de vencer totalmente a data pagã com sua inquisição, consagrou para dia 02 de Novembro como o “Dia de Finados”, diminuindo a influência pagã na Europa.
No Brasil, contudo, muitos defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado, argumentando que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado. Assim, o governo brasileiro criou, em 2005, o “Dia do Saci” (comemorado também em 31 de outubro), uma figurinha conhecida por nós, pregadora de peças e cobrador do que se promete.
Os Celtas são um povo pré-cristão, portanto não existe a relação entre a bruxaria com a figura do Satanás, pois este é um personagem católico e cristão. O mesmo ocorre com a Umbanda que, mesmo sendo uma doutrina sincrética com o Cristianismo, não admite a figura do mal e entende que o mal só é causado pela falta de consciência do que é, Verdadeiramente, o bem.
Alguns umbandistas, médiuns e atuantes espirituais, não têm nenhum problema em se aceitarem como bruxos e bruxas e muito se faz o uso das energias do dia 31 de Outubro para facilitar o contato com pessoas queridas desencarnadas e conduzi-las em seu caminho para a outra vida, ou mesmo para trabalhos com Exus e Pomba-giras para que afastem os espíritos apegados à Terra que possam nos fazer mal.
Feitiços, magia, mágica, xamanismo, bruxaria, simpatia, trabalho, curanderia… Estes e outros termos nos confundem: “a palavra bruxaria, segundo o uso corrente da Língua Portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa”. Deve-se tomar cuidado! Para entendermos algumas diferenças é necessária uma pesquisa mais profunda, pois na Idade Média, praticamente tudo o que não seguia os dogmas católicos à risca, era chamado bruxaria e, mais importante que o nome, é compreender o propósito e o que estamos buscando nas forças do outro lado.
Em geral, quem crê nas forças espirituais, em sua ação na Terra, deve procurar sempre fazer o bem, ser muito consciente do que faz e respeitar dois princípios Divinos e básicos da espiritualidade: O Livre-Arbítrio e a Lei de Causa e Efeito. Pois nada deve ser feito contra a vontade de alguém ou contra os Desígnios de Deus pois, a consequência pode trazer o mal a quem fez a ação e à pessoa que foi “alvo” da ação.
Uma feliz comemoração a todos! Que os entes queridos que faleceram encontrem seu caminho com alegria e, no nosso momento, retornem e ajudem-nos a entender que a morte é uma partida de paz em direção à Evolução Espiritual, à paz e a Deus!
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