Obsessores, Kiumbas, eguns, encosto: há diferença entre esses espíritos?

Obsessores, Kiumbas, eguns, encosto, zombeteiros: são vários nomes para espíritos que desencarnam, mas ficam entre nós. Mas são todos iguais?

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Obsessores, Kiumbas, eguns, encosto, zombeteiros: há diferença entre eles?

Nas diversas religiões presentes no Brasil; não só nas espíritas, mas também nas cristãs; podemos observar diversos nomes dados aos espíritos que permanecem no mundo material, ainda que já tenham desencarnado.

No entanto, também é possível observar que algumas dessas religiões fazem distinção entre eles. Há, inclusive, aquelas que determinam quais tipos são espíritos negativos, nocivos e quais tipos não são.

A visão das religiões sobre os espíritos Obsessores, Kiumbas, eguns, encosto, zombeteiros

Na maioria das religiões, pode-se encontrar algum tipo de referência a espíritos que vagam entre nós. Mas, de maneira geral, esses espíritos são vistos sempre como entidades negativas, más e até demoníacas. Há, até mesmo, referências a entidades divinas e benignas. Mas são, geralmente, descritas como sendo ou anjos, ou seres sobrenaturais e divinos, enviados, então, por Deus por algum motivo específico.

Religiões como a espírita ou kardecista se referem a esses espíritos; que não deixaram o mundo material após o desencarne; ou como “espíritos em sofrimento”, ou como “espíritos obsessores”.

Na cultura popular, esse tipo de espírito pode ser nomeado como obsessor, ou encosto, ou zombeteiro, ou demônio, ou vampiro, etc..

Geralmente, trata-se de espíritos de pouca evolução que não conseguem aceitar a própria morte. Por isso, não se desapegam da matéria e dos prazeres mundanos. Ou então, se sentem presos ainda à família e a pessoas queridas; que ficaram em situações complicadas após o seu falecimento.

Na Umbanda

Podermos observar o uso de grande parte dos termos populares, como encosto, obsessor, zombeteiro, vampiro, etc.. Mas há dois termos específicos que definem melhor a visão da umbanda sobre os espíritos desencarnados que ficam entre nós. São eles os termos “kiumba ou Quiumba” e “egum”.

O egum

O egum é um espírito que desencarna, mas que possui um certo grau evolutivo. Podem estar entre nós apenas em seu período de transição até o mundo espiritual. Ou, então, podem se manter no mundo material trabalhando para evoluir ainda mais.

São espíritos do bem e que não causam mal a ninguém. E, se pensarmos bem, poderemos então concluir que todos nós, em algum momento, seremos um egum transitando de um plano a outro.

Os guias espirituais que atendem em centros espíritas, de umbanda ou candomblé e que já tiveram uma vida encarnados, podem também ser considerados eguns.

Kiumba ou Quiumba

Diferente dos eguns, que têm um certo grau de evolução, os kiumbas são espíritos de baixíssima evolução. Eles não aceitam seu desencarne ou, às vezes sequer têm consciência de que desencarnaram. Dessa forma, se mantêm entre nós e causam grandes prejuízos às pessoas às quais se ligam.

Os kiumbas podem atuar das mais diversas formas. Por exemplo, podem se conectar a alguém cuja espiritualidade está enfraquecida; ou a alguém que se cerca de pessoas e energias negativas. Rapidamente, começam a afetar a pessoa, induzindo-a a comportamentos indesejados que lhes proporcionarão

Ou, então, podem se fixar em lugares de energia muito pesada, densa e negativa e, assim, sugar energia de todos os que adentram o local. Em alguns casos, podem levar negócios ou famílias à ruína.

A depender da forma como atuam para sugar as energias das quais necessitam, , os kiumbas recebem, na linguagem popular, diferentes nomes; como encosto, vampiros, zombeteiros ou obsessores.

Como se prevenir de um ataque de kiumba?

Os kiumbas sempre preferem atacar pessoas que têm um comportamento que a faz ser cercada de energias negativas e pesadas. Mas, mesmo pessoas que cuidam muito bem de sua espiritualidade, mantêm suas obrigações em dia e procuram levar a vida de uma forma positiva, podem ser alvo de um kiumba.

Basta um momento de descuido com a espiritualidade para que um kiumba consiga causar danos a uma pessoa.

Ou seja, a melhor maneira de se prevenir de uma ataque de um kiumba é estar, então, sempre em dia com sua espiritualidade. Manter-se positivo, evitar pessoas e lugares negativos e, se possível, sempre carregar consigo um amuleto ou patuá de proteção.

Como identificar se estou sendo alvo de um kiumba?

Quando um kiumba se liga a uma pessoa, rapidamente ele começa, então, a induzir a mudança de comportamentos e hábitos. A pessoa passa frequentar lugares que antes não frequentava, fica mais agressiva. Além disso, se descuida do trabalho, podendo, até mesmo, chegar a ser demitida.

Há casos, também, de pessoas que se viciam em jogo, álcool ou drogas, sexo, etc.. Mas algo comum a quase todos os casos, o kiumba faz com que a pessoa afaste de si os amigos ou parentes queridos. Ou seja, as pessoas que poderiam identificar o problema e, assim, intervir na situação.

Muitas pessoas conseguem identificar que algo externo a elas está afetando sua vida. Desta forma, acabam buscando a ajuda de que necessitam para se livrar do kiumba.

Mas, frequentemente, quem identifica que tem algo errado é alguma pessoa da família ou da intimidade da pessoa afetada; visto que, estando tomada pelas energias negativas, a pessoa afetada não conseguirá enxergar a necessidade de buscar ajuda.

Como se livrar de um kiumba que já está fazendo estragos na vida de alguém?

O tratamento é feito com diversos rituais de limpeza, como, por exemplo, descarrego e ritual de proteção espiritual. Além disso, podem ser necessários diversos trabalhos e oferendas para que os guias da pessoa afetada se reaproximem dela; e tragam, assim, a proteção espiritual necessária para banir de vez o kiumba.

Em alguns casos, a própria pessoa ou alguém próximo pode realizar os rituais em casa e, assim, obter sucesso no banimento definitivo do kiumba.

Já em outros casos, kiumba já está muito fortalecido e a pessoa enfraquecida demais; ou, então, em casos em que o kiumba foi enviado por meio de magia negra praticada por alguém quer mal à pessoa. Nestes casos, pode ser, então, necessária a ajuda de um Pai/Mãe de santo ou médium de confiança que saberá identificar e, assim, realizar o tratamento mais adequado ao caso.

Cada caso poderá exigir especificidades neste tratamento espiritual, e poderá exigir mais ou menos tempo para que se chegue, então, ao resultado esperado.

Por isso, o ideal é que se tenha ajuda ou orientação de Pai/Mãe de santo ou praticante espírita de confiança; que possa ver qual o melhor tratamento para cada caso e, assim, fazer os rituais necessários da forma correta.

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