O orixá Xangô comanda os raios, trovões, grandes cargas elétricas e o fogo. Comemorado nos dias 24 e 29 de junho e 30 de setembro, “Dias de São João Batista e de São Pedro e São Jerônimo”, respectivamente.
Quem é o orixá Xangô?
Xangô é o Orixá que rege a Justiça Divina, portando o equilíbrio, sem escolher lado. A lei de ação e reação é o que determina o peso colocado na balança.
Orixá da justiça, da sabedoria, da força estática e da política do rei ou do presidente. Seu poder é o equilíbrio que compensa todos os movimentos energéticos e mantém o universo divino balanceado e consistente.
Seu machado de dois gumes representa a força da justiça que corta para os dois lados, pois é neutra e balanceada. Quem invoca a intervenção de Xangô, deve estar pronto para também pagar se estiver devendo à justiça divina.
Xangô é considerado um Orixá que se encantou, ou seja, era um ser humano que, através do processo de encantamento, tornou-se Orixá. Logo, algumas pessoas na região onde era a cidade de Oyó; – região hoje da porção ocidental da Nigéria – clamam serem descendentes de sangue desse Orixá
É considerado extremamente sedutor e conta com o domínio sobre o Trovão e o Fogo. Ele teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá (Iansã) , Oxum e Obá.
Em algumas lendas, é associado com Ogum e em outras é considerado seu irmão; de qualquer forma são Orixás que atuam conjuntamente, Ogum sendo a Lei Maior e Xangô a Justiça Divina.
Quando pedimos a intervenção da Justiça Divina é preciso lembrar que ela vai atuar primeiramente em nós; verificando o quanto temos sido justos com a nossa própria vida e com os nossos semelhantes. A balança da justiça pesa os dois lados de cada questão.
A morte pelo raio é considerada uma punição do Senhor da Justiça. Da mesma forma; uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô.
A justiça imparcial do Orixá Xangô
A machadinha dupla de Xangô corta tudo que não esteja de acordo com a Justiça Divina; para só então trazer o equilíbrio, a razão e a estabilidade. Sempre de acordo com a nossa necessidade e o nosso merecimento.
Nunca devemos achar que apenas por sermos filhos de Xangô, ou por clamarmos por ele que a justiça deixa de atuar sobre nós a ponto de nos reeducar e que ela só atuara em nosso benefício.
Devemos lembrar que também estamos o tempo todo recebendo os ensinamentos terrenos. Para que sejamos mais justos com os outros e conosco.
A Justiça Divina, quando se aplica a seres vivos, utiliza a consciência como parâmetro. O ser humano, desde tenra idade, é capaz de distinguir entre o que é bom ou ruim.
Devido esse saber tudo é amplamente “cobrado” de seus atos. Este pode ser definido pela frase “A tua consciência te faz parte da consequência”.
Elementos de força do Orixá Xangô
As pedreiras e rochas são tidas como locais da natureza ligados a Xangô devido à estabilidade e equilíbrio. Quando rochas se chocam, saem faíscas que iniciam o fogo. E essa é uma analogia da chama purificadora e equilibradora de Xangô.
Ele teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá (Iansã) , Oxum e Obá. Xangô é o pai que auxilia e educa o filho para o caminhar do espírito por toda a eternidade; a fim de fazer dele o reflexo divino do equilíbrio, lealdade e justiça.
O orixá Xangô é considerado o rei de todo o povo Yorubá que, segundo os itans e lendas, Xangô os unificou.
Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence.
Ao se manifestar, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta; com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
O Orixá Xangô e suas qualidades
- Afonjá – Afonjá, o Balé (governante) da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
- Obá Kosso – Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
- Obá Lubê – Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.
- Obá Irù ou Barù – Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.
- Obá Ajakà – Também intitulado Bayaniym,” O pai me escolheu “, que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
- Obá Aganjù – Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.
- Obá Orungã – Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungã é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.
- Obá Ogodô – Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.
- Jakutà ou Djakutà – Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.
- Obá Arainã – Oroinã e Oraniã – Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.
- Olookê – Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Iemanjá.
Culto ao Orixá Xangô
- Saudação: Kawó-Kabiesilé (forma com que os Orixas são reverenciados);
- Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho. As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
- Dia da Semana: Quarta-Feira;
- Elementos: fogo, vulcões, tempestades, trovões, terremotos, raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
- Elemento Livro: os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
- Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
- Pedra: Meteorito;
- Domínios: Justiça, poder estatal, questões jurídicas, pedreiras;
- Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;
- Dança: Alujá, a roda de Xangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.
- Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.
Os filhos do Orixá Xangô
Xangô exerce grande influência em seus filhos na terra, sendo assim, os filhos de Xangô não medirão, como ele próprio, esforços para alcançar seus objetivos, mesmo que isto signifique combater quem quer que seja, a competitividade faz parte de sua natureza.
Os filhos do orixá Xangô são dotados de grande capacidade de liderança, costumam ter um aguçado senso de justiça e também grande senso estético, e são ativos sexualmente.
Além disso, aqueles que vivem sob a forte influência deste orixá devem se cuidar, pois tendem a se sentir superiores e intocáveis, o que pode levá-los a causar problemas tamanhos, que podem fazer com que sofram por seus próprios atos.
Como companheiro, os filhos de Xangô saberão cativar e conviver bem com a pessoa amada, apesar do risco de provocar conflitos pois são bastante vulneráveis a novas aventuras.
Como profissional, os filhos de Xangô mostrarão sempre sua marca forte de liderança e comando, tornando-se assim bons funcionários e bons chefes, sempre buscando promoções e melhorias em sua carreira.
Nomes de Exús e Pombagiras de Xangô
1. Nomes de Exús da falange de Xangô na Umbanda
- Exú Pinga Fogo
- Exú Fagulha
- Exú Brasa
- Exú Gira Mundo
- Exú Faísca
- Exú Lavareda
- Exú Tiriri
- Exú 7 Pedreiras
- Exú 7 Pedras
- Exú 7 Montanhas
- Exú 7 Chaves
- Exú Tranca Gira
- Exú 7 Trovões
- Exú Arranca-Toco
- Exú da Pedreira
- Exú do Trovão
- Exú 7 Capas
- Exú da Meia Noite
- Exú 7 Giras
2. Nomes de Pombagiras da Falange de Xangô
- Pombagira 7 Chaves
- Pombagira do Trovão
- Pombagira Rainha da Encruzilhada
- Pombagira Rainha das 7 Encruzilhadas
- Pombagira Rainha do Cabaré
- Pombagira 7 Saias
- Pombagira Rainha da Estrada
- Pombagira da Lira
- Pombagira da Tronqueira
- Pombagira Cigana Menina
- Pombagira Cigana Rainha
- Pombagira Cigana Sete Saias
- Pombagira Maria da Estrada
- Pombagira da Calunga
- Pombagira da Encruzilhada
- Pombagira da Figueira
- Pombagira Dama da Noite
- Pombagira 7 Saias da Encruzilhada
- Pombagira 7 Saias da Estrada
- Pombagira 7 Saias do Cabaré
- Pombagira das Sete Liras
- Pombagira do Cabaré
- Pombagira Rainha Maria Padilha
Sincretismo do orixá Xangô
O Orixá Xangô, a depender da região do país, pode ser sincretizados com os santos católicos São Pedro, São João Batista, São Jerônimo e, mais raramente com São Judas Tadeu.
Sincretismo com São Pedro
Conhecido por São Pedro, seu nome na verdade era Simão, mas, durante o ministério de Jesus, esse nome foi trocado por Cefas/Kephas (traduzido como Pedro) e que significa “Pedra”.
O significado seria entendido mais tarde como a pedra (base) sobre a qual a Igreja seria construída. Xangô, o Orixá africano da justiça, assim como Simão, tem como símbolo a pedreira.
Sincretismo com São Jerônimo
Sincretizado a São Jerônimo, Xangô é o Orixá da sabedoria e da justiça. No sincretismo, associou-se o Xangô das Pedreiras a São Jerônimo, aquele que amansa o leão;
e que tem o poder da escrita e o livro e que escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Protetor dos intelectuais, estudiosos e dos magistrados.
Na Umbanda, São Jerônimo foi sincretizado com Xangô, Orixá da Justiça, do Relâmpago, do Fogo e da Pedreira. É, muitas vezes, considerado um “Airá” – Xangô Velho.
O nome Ayìrà significa: Redemoinho – encontro dos ventos. Redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano.
Sincretismo com São João Batista
A lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel.
Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.
Orações
1- Oração a São João Batista
São João Batista, voz que clama no deserto: “Endireitai os caminhos do Senhor … fazei penitência, porque no meio de vós está quem vós não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias”, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: “Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo”.
São João, pregador da penitência, rogai por nós.
São João, precursor do Messias, rogai por nós.
São João, alegria do povo, rogai por nós.
2- Oração a São Pedro
“Glorioso apóstolo São Pedro, com suas 7 chaves de ferro abra as portas dos meus caminhos, que se fecharam diante de mim, atrás de mim, a minha direita e a minha esquerda.
Abra para mim os caminhos da felicidade, os caminhos financeiros, os caminhos profissionais, com as suas 7 chaves de ferro e me dê a graça de poder viver sem os obstáculos.
Glorioso São Pedro, tu que sabes de todos os segredos do céu e da terra, ouve a minha oração e atende a prece que vos dirijo. Que assim seja. Amém.”
3- Oração a São Jerônimo
“Oh, Bondoso São Jerônimo, que nos terreiros de Umbanda é invocado em sua vibratória cósmica originária com o vosso nome Xangô, desperta em nós as mais puras vibrações.
Ilumina nosso caminho na senda da justiça, ordem e progresso.
Faz da verdade nosso escudo, da transparência nosso refúgio.
Amado Pai Xangô, protegei-nos contra fluídos grosseiros e influências perniciosas dos espíritos zombeteiros e malfazejos.
Cala, com tua justiça, os que injustamente zombam e propagam maledicências sobre nós.
Dai-nos Senhor do Trovão e da Montanha Fumegante, a sabedoria para superar os obstáculos que possam surgir em nosso caminho, bem como a compreensão necessária para assimilar as lições e ensinamentos desta e de outras vidas, para que saibamos sempre discernir o bem do mal, o certo do errado.
Amparai-nos, ó Orixá da Justiça, nos momentos de dor, incerteza ou aflição.
Afasta de nosso lar; dos que nos são caros, e de nossa pessoa, qualquer mal que possa ser provocado por atos materiais injustos ou trabalhos de magia negra, mantendo assim nossa integridade física e moral.
Senhor dos Trovões, pedreiras, montanhas e cordilheiras,
Pai da Justiça e da Retidão; Orixá que abençoa os injustiçados e castiga os mentirosos e caluniadores, defende, meu Senhor, minha casa e minha família dos inimigos visíveis e invisíveis, dos ladrões e dos mentirosos.
Retira qualquer mal de nosso caminho ó Xangô; para que possamos seguir em frente propagando o bem; a tolerância, a igualdade, o perdão e a compaixão aos que merecem suas bênçãos.
Rogamos-vos também, Glorioso São Jerônimo, que use de vossa influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou maldade, praticam o mal contra o próximo, empregando as forças elementais e astrais inferiores na prática do mal.
Iluminai a mente desses irmãos, afastando-os do erro e conduzindo-os à prática do bem, da caridade, do amor e da colaboração, faz a luz transpassar a venda da ignorância espiritual.
Ó Xangô! Rogamos-te por vibrações de amor e misericórdia, livrai-nos de todo mal; ajudando-nos a encontrar em nosso caminho pessoas, que como nós; desejam colaboração e não competição, amor e não ódio, luz e sabedoria em lugar de inveja e ganância.
Fortalece os laços de irmandade Pai Xangô, aproximando de nós os espíritos do bem e afastando os espíritos do mal.
Seja o Senhor, pelos séculos dos séculos; a pedra fundamental de nosso caráter e de nossos atos, neste e n’outro mundo.
Que assim Seja!
Kaô kabiesilê! Viva São Jerônimo! Saravá Xangô!”
4- Oração ao Orixá Xangô
Salve Xangô! Orixá de grande força e harmonia. Protetor dos injustiçados e advogado das boas causas.
Pedimos que nos envie um raio de luz e uma faísca de seu incomensurável poder, a fim de abrandarmos a violência de nossa manifestações de ódio e de rancor contra os nossos semelhantes.
Mostrai-nos o caminho certo, para cumprirmos a missão que foi determinada pelo Pai.
Se nossos erros ou nossas faltas nos desanimarem, deixai-nos sentir a sua presença, para seguir suas pegadas no caminho da fé e da caridade, para que assim possamos levar a Sua Justiça por toda a eternidade.
Kaô Cabiesilê!!!
Oferendas, simpatias, banhos e firmezas
1- Amalá – Principal Comida/oferenda de Xangô
O Amalá de Xangô deverá ser oferecido para que se resolvam questões relacionadas à justiça, a pedido de misericórdia e como agrado a este Orixá, para que ele esteja sempre ao seu lado em momentos decisivos.
Você vai precisar de:
- – 1kg de quiabo;
- – azeite de dendê;
- – mel;
- – 2 cebolas grandes;
- – 100 gr de camarão seco;
- – 1 gamela;
- – 1 panela;
- – papel branco e caneta;
- – 1 vela de 7 dias (branca, marrom ou vermelha e branca).
Passo-a-passo:
- Escreva seus pedidos a Xangô no papel e reserve;
- Separe 8 quiabos, parta-os ao meio, no sentido do comprimento e separe-os para enfeitar o amalá;
- pique o restante em rodelas finas;
- pique uma cebola miúda, para refogar e a outra em rodelas para enfeitar;
- Leve a panela ao fogo com dendê suficiente para cobrir o fundo da panela;
- refogue a cebola miúda;
- acrescente os camarões e o quiabo picado e refogue até soltar bastante de sua baba;
- Ponha seu pedido com o papel aberto no fundo da gamela e jogue a comida ainda quente em cima do papel;
- espere esfriar e depois enfeite com os 8 quiabos reservados e com as cebolas em rodelas;
- Regue o trabalho com mel o suficiente;
- Se puder, leve o trabalho a uma pedreira ou cachoeira; se não puder, ponha no pé de uma árvore frondosa.
- Acenda a vela ao lado do trabalho e reforce seus pedidos a Xangô.
Agora é só ter a certeza de que o Orixá da Justiça atuará ao seu lado, defendendo-o de todas as injustiças. Kaô Cabiesilê!!!
2- Firmeza de Xangô
Com esta simples firmeza de Xangô, você poderá ter sempre com você a proteção deste Poderoso Orixá Rei da Justiça e Protetor dos justos.
Você vai precisar de:
- 1 pedaço de fita de 70cm de comprimento, vermelha;
- 1 pedaço de fita de 70cm de comprimento, marrom;
- 1 pedaço de fita de 70cm de comprimento, branca;
- 1 vela simples na cor marrom;
- 1 vela simples na cor vermelha;
- 1 vela simples na cor branca.
Passo-a-passo:
- Faça um trança com as 3 fitas e amarre as pontas com um nó simples.
- Pegue as 3 velas, marrom, branca, vermelha e envolva-as com as fitas amarrando-as junto.
- Acenda as velas e faça uma prece de coração, pedindo o amparo do Orixá Xangô nas suas necessidades, que ele afaste a injustiça, a calúnia e a difamação. Que te proteja contra as contentas injustas sejam elas de ordem material, emocional, espiritual ou intelectual.
- Deixe queimar as velas até apagarem. Em alguns casos as fitas se queimam e em outros não, então se apagou sem queimar as fitas ou todas as velas, deixe assim.
- Jogue tudo fora em até 12 horas após as velas terem apagado.
E aproveite da Proteção de Xangô deste Orixá tão especial e poderoso!
3- Simpatia para vencer/superar processos judiciais ou situações de grande injustiça
Esta simpatia de Xangô é para vencer um processo judicial ou qualquer questão que envolva justiça. Pode ser feita em qualquer dia do ano, mas é mais forte se for feita em uma quarta-feira, dia da semana dedicado a Xangô. Kaô Cabiesilé!
Você vai precisar de:
- Uma garrafa ou lata de cerveja escura (cerveja preta);
- Um copo;
- 6 velas brancas e 6 velas vermelhas;
Passo-a-passo:
- Defina o local (é recomendado uma área de rochas, pedreiras, lugares que tenham morro, montanhas, cachoeiras);
- Acenda as 6 velas brancas e as 6 velas vermelhas;
- Sirva a cerveja no copo e deixe junto às velas;
- Concentre-se e faça o seu pedido para Xangô, que é a vitória nesse processo judicial.
4- Banho para obter justiça a ser feito na beira da cachoeira
Com este poderoso Banho de Xangô para ser feito na beira da cachoeira, você invocará as forças deste Orixá para batalhar em suas causas na justiça.
Você vai precisar de:
- 32 quiabos;
- 5 litros de água;
- Um balde;
- meia xícara de açúcar;
- uma faca bem afiada.
Passo-a-passo:
- Cortar os 32 quiabos em rodelas as mais finas que conseguir (antes de começar a cortar retire as cabeças e pontas do quiabo);
- adicione a água e o açúcar em um balde junto com o quiabo cortado;
- amasse bastante com as mãos até que o quiabo solte toda a baba (cerca de meia hora);
- Passe da cabeça aos pés pedindo a Xangô que retire do seu corpo todas as energias negativas, doenças físicas, espirituais ou emocionais, enfim tudo que possa estar atrapalhando a sua vida e que lhe auxilie a ter a justiça ao seu lado;
- Entre na cachoeira e deixe que a água retire todo o quiabo e a baba. Faça uma oração agradecendo ao Orixá pela proteção e axé recebidos.
Ponto cantado do Orixá Xangô
Itans/lendas
1- Xangô é condenado por Oxalá a comer como os escravos
Xangô Airá, aquele que se veste de branco, foi um dia às terras do velho Oxalá para levá-lo à festa que faziam em sua cidade. Oxalá era velho e lento, Por isso Xangô o levava nas costas.
Quando se aproximavam do destino, avistaram a grande pedreira de Xangô, bem perto de seu grande palácio. Xangô levou Oxalá ao cume, para dali mostrar ao velho amigo todo o seu império e poderio.
E foi lá de cima que Xangô avistou uma belíssima mulher mexendo sua panela. Era Oyá! Era o amalá do rei que ela preparava!
Xangô não resistiu à tamanha tentação. Oyá e amalá! Xangô perdeu a cabeça e disparou pedreira abaixo, largando Oxalá em meio às pedras, rolando na poeira, caindo pelas valas.
Oxalá se enfureceu com tamanho desrespeito e mandou muitos castigos, que atingiram diretamente o povo de Xangô.
Xangô, muito arrependido, mandou todo o povo trazer água fresca e panos limpos. Ordenou que banhassem e vestissem Oxalá. Oxalá aceitou todas as desculpas e apreciou o banquete de caracóis e inhames, que por dias o povo lhe ofereceu.
Mas Oxalá impôs um castigo eterno a Xangô. Ele que tanto gosta de fartar-se de boa comida, nunca mais poderia comer em prato de louça ou porcelana ou em alguidar de cerâmica.
Xangô só poderia comer em gamela de madeira, como comem os escravos.
2- Itan (lenda) de Xangô em que se tornou o criador do Culto a Egungun
Segundo um Itan (lenda), Xangô se tornou o criador do Culto a Egungun, depois de enfrentar um desafio com as Iyámi Ajé, as feiticeiras.
Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô à frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais às de Egungun, vestiram-nas e tentaram assustar os homens que participavam do culto.
Todos correram menos Xangô, que ficou e as enfrentou, desafiando os supostos espíritos.
As Iyámis (as terríveis ajés, feiticeiras) pelo seu grande valor no equilíbrio na manifestação da justiça, ficaram furiosas com Xangô. E juraram vingança.
Em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente. Ela subiu em um pé de obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram e derrubaram a Adubaiyani, a filha que Xangô mais adorava.
Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino, que, até então, era muito próspero.
Foi até Orunmilá, que lhe disse, então, que Iyami era quem havia matado sua filha. Xangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez.
Orunmilá lhe disse, então, para fazer oferendas ao orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos. Assim Xangô fez, seguindo, à risca, os preceitos de Orunmilá.
Xangô conseguiu rever sua filha e tomou para si o controle absoluto dos mistérios de egungum (ancestrais). Passou, então, a estar sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto.
Caso essa regra seja desrespeitada, se provocará a ira de Olorun, Xangô, Iku e dos próprios eguns. Este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais.
Entre já em contato e agende suas oferendas a Xangô
A Obrigação Anual a Xangô ocorre entre os dias 24 a 29 de Junho, trazendo a bênção deste orixá nos dias dos santos católicos São João e São Pedro. Em setembro dia 30, dia de São Jerônimo.
Para participar e fazer suas oferendas ao Orixá da Justiça, você deve entrar em contato por meio do formulário abaixo. Na mensagem, informe seu desejo de participar das oferendas a Xangô.
As taxas cobradas são diferenciadas, devido aos materiais utilizados nas oferendas. Enviaremos maiores informações pelo seu email.